Comecei na área tarde, aos 24 anos.
Não por vagabundagem, mas pela agenda de uma faculdade anterior, Direito—o sonho
de papai.
Não sei se por sorte ou azar, meu
primeiro trabalho fora dos muros da faculdade foi um curso de “sobreviva ou
morra”. Não consegui ser estagiário. Na agência que tinha Car System,
Imbra-Implantes odontológicos e outros clientes menores, sentei na cadeira para
dali ter de aprender na marra (e ao custo de horas e horas de sofrimento que me seriam poupadas por um profissional
sênior) como é redigir para anúncios, sites , banners e os malditos “merchans”.
Me ferrei, mas dei um bypass em muitas fases que meus colegas
ainda estavam vivenciando.
Jogue algumas agências e muitos
clientes ao longo de mais 10 anos e zás: Assumo a Direção de Criação pela
terceira vez em menos de 2 anos.
A função deste blog não é ser
divulgado. Não é ser sequer lido. É minha caverna anti-azia. É minha saída para
não cometer uma atrocidade dentro de uma agência.
É o registro para que eu possa ter
algum tipo de registro—e esperançosamente uma noção de evolução—na atividade de
dirigir criação.
Como é de se imaginar, depois de anos
e anos criticando e ironizando meus “DC’s”, hoje eu vejo que é preciso ter
raiva daquele chinês e seu ditado sobre tomar cuidado com o que se pede.
Tudo lindo. Tudo horrível. Não importa.
Nessa função, é preciso comer muito feijão. Espinafre. Carne.
Por quê?
Simples. Até o momento o que me é
mais testado é ter um saco de aço, um cú de ferro e uma paciência de amianto,
imune aos vulcões de indignação que volta e meia eclodem dentro da sala (e
não-sala) de criação.